No GP de San Marino de 1994, Lívio Oricchio descreve a largada a batida em Tamburello. Anxiosamente, chega a Bolonha, esperando por Ayrton. Longas minutos, crédito de imprensa, FIA, treino, corrida, preocupações com segurança na área de risco. Ayrton, campeão, Monza, primeira volta. Memória de Jim Clark em Lotus contra Ferrari 156. Recorda 1953, 1955, Le Mans e Mercedes. Mortos: francês Levegh, Ratzenberger. Sábado, etapas em Buenos Aires, Silverstone, Benetton, B194-Ford. Ayrton sofre fratura de duas vértebras cervicais, lesão medula nervosa, paralítico. Milagre: mínimo capítulos Senna. Argentina, 30ª volta, espectadores. Memória tragica: barranco, proteção, torcidas, área cima do barranco, pista. Jim Clark, Lotus, Ferrari, 156, 1953, 1955, 24 Horas de Le Mans, Mercedes, mortos: Pierre Levegh, Roland Ratzenberger.
Assustador: percorri 1 hora na estrada até o hospital de São Paulo para saber se os pilotos sobreviveriam aos acidentes fatais. Olha, colega, automobilismo é uma atividade de alto risco. Mesmo com todos os avanços em termos de segurança, ainda assim, a todo momento, pode acontecer uma fatalidade, durante um treino ou uma corrida. Em breve, você vai entender por que comecei este capítulo falando sobre isso.
A verdade é que, infelizmente, os acidentes graves fazem parte da história do esporte, trazendo consigo um sentimento de tristeza e preocupação. Mesmo com toda a tecnologia e preparo, as tragédias estão sempre presentes, podendo alterar o rumo de uma competição em questão de segundos. É fundamental refletirmos sobre a importância da segurança no automobilismo para evitarmos novas fatalidades e promover um ambiente mais protegido para os pilotos.
Acidentes Fatais: Uma História Trágica no Automobilismo
A credencial de imprensa distribuída pela FIA traz essa informação, para lembrar que não apenas os pilotos, mas todos que estão no autódromo trabalham em uma área de risco. A entidade deixa por escrito, na credencial, que se acontecer algo com você, ela não tem responsabilidade alguma.
Tragédias: Marcas do Passado no Automobilismo
Veja esses exemplos de fatalidades não só de pilotos: em 1953, o italiano Giuseppe Farina perdeu o controle da sua Ferrari 500 na 30ª volta do GP da Argentina, em Buenos Aires, e causou a morte de nove espectadores. Em Monza, em 1961, o alemão Wolfgang von Trips esteve envolvido em outra tragédia. Ele tinha conquistado a pole position com sua Ferrari 156. Antes da curva Parabólica, na primeira volta do GP da Itália, foi tocado pela Lotus de Jim Clark, levando a Ferrari a se direcionar para a torcida instalada sobre um barranco, que não conseguiu conter o acidente. Von Trips e outros 13 torcedores perderam a vida. Nas 24 Horas de Le Mans de 1955, a Mercedes de Pierre Levegh causou a morte de 84 pessoas ao voar em direção às arquibancadas.
Acidentes Graves: Uma Triste Realidade no Automobilismo Internacional
A diferença entre tragédias do passado e do presente é marcante. Enquanto em 1953 no GP da Argentina foram nove mortos, em 1961 na Itália foram 14, e em Le Mans, em 1955, 84 vítimas, os acidentes graves continuam presentes. Em Ímola, 1994, as fatalidades passaram de histórias literárias a vivências pessoais. Os pilotos envolvidos não eram desconhecidos, como Jyrki Jarvilehto, que escapou por pouco de se tornar paralítico após um grave acidente na pré-temporada em Silverstone.
No sábado do GP de San Marino, Roland Ratzenberger faleceu, deixando uma marca indelével na temporada. Jarvilehto, que deveria largar em quinto, teve problemas mecânicos em sua Benetton, evitando uma tragédia ainda maior na corrida. A tensão era palpável no ar, com a sombra das fatalidades passadas pairando sobre o evento.
Acompanhe a série Senna, que narra os momentos de tensão e perigo naquele fatídico final de semana:
Capítulo 4: O desafio dentro do cockpit da Williams e o estresse elevado;
Capítulo 5: O grave acidente de Rubinho gerando apreensão;
Capítulo 6: A trágica morte de Ratzenberger abalando Ayrton;
Capítulo 7: A tensão pré-GP de Ímola e as incertezas do pelotão.
Preocupações com a Segurança: Lições Aprendidas com o Passado
Os acidentes fatais no automobilismo são um lembrete constante da necessidade de priorizar a segurança. Cada GP traz consigo a responsabilidade de garantir a proteção dos pilotos, equipes e espectadores. A história nos mostra que o risco está sempre presente, mas cabe às entidades, como a FIA, garantir que medidas de segurança sejam implementadas para evitar novas tragédias.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo