Cesta Básica: Notícias dos mercados asiáticos, agenda mais vazia, discurso do Fed boy, ativos seguros e preço do petróleo.
A manhã de sexta-feira (19) começa com notícias preocupantes surgindo do Oriente Médio. Nas primeiras horas, surgiram relatos de um conflito na cidade de Isfahan, ao sul de Teerã, desencadeando uma série de reações nos mercados asiáticos, apesar da falta de confirmação oficial tanto de Israel quanto do Irã. A incerteza paira sobre a região, deixando os investidores em alerta para possíveis desdobramentos.
Essa tensão repentina aumenta o receio de um possível confronto entre as nações envolvidas, alimentando a preocupação em um cenário já marcado por constantes disputas. Os olhos do mundo estão voltados para a região e para os próximos passos a serem dados, numa espera ansiosa por mais informações tensionantes.
Conflito no Oriente Médio impulsiona preço do petróleo
Os mercados asiáticos tiveram uma manhã agitada devido ao aumento da tensão no Oriente Médio, causado por um novo confronto entre Israel e Irã. Como resultado, o preço do petróleo registrou um significativo aumento de 4%, refletindo a preocupação dos investidores com a instabilidade geopolítica na região. A agenda dos indicadores econômicos está mais vazia hoje, o que faz com que as atenções se concentrem nas notícias sobre o conflito e seu impacto nos mercados financeiros.
O destaque do dia fica por conta do aguardado discurso de mais um integrante do Federal Reserve, conhecido como ‘Fed boy’. Desta vez, será Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, que irá se pronunciar em um evento importante. O mercado aguarda com expectativa suas palavras, em meio às recentes especulações sobre a possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos.
O confronto entre Israel e Irã no final de semana levou o presidente norte-americano, Joe Biden, a antecipar seu retorno de uma viagem para discutir a situação com sua equipe de segurança nacional. Esse cenário de disputa teve impactos imediatos, como a queda das criptomoedas, consideradas ativos mais arriscados. Em contrapartida, ativos mais seguros, como ouro, títulos dos EUA e o dólar, passaram a ser mais valorizados, refletindo a busca por ativos de refúgio em tempos de incerteza.
Com a escalada do conflito, espera-se que o preço do petróleo ganhe ainda mais força, o que pode beneficiar empresas do setor como a Petrobras e outras empresas menores, como Prio, 3R e PetroReconcavo. Esse cenário positivo pode impulsionar o desempenho do Ibovespa, mesmo diante da possibilidade de uma nova depreciação do real em relação ao dólar.
Além do confronto no Oriente Médio, os investidores também estão atentos ao discurso do presidente do Fed de Chicago, em busca de pistas sobre o possível futuro das taxas de juros nos EUA. Ao mesmo tempo, as reuniões do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no seminário do FMI em Washington, também são eventos chave a serem acompanhados de perto pelos participantes do mercado financeiro. A incerteza gerada pelo conflito geopolítico se soma às expectativas em torno das decisões de política monetária nos principais bancos centrais, criando um ambiente de volatilidade e atenção redobrada por parte dos investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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