Shopper captou R$290 mi e agora busca aumentar exposição da marca com apoio da gestora de marketing. Captação de mídia e know-how serão chave para atingir público-alvo.
Em busca de fortalecer sua presença no mercado, a Shopper está novamente em destaque no setor de mídia. Depois de receber uma injeção de recursos de mais de R$ 290 milhões em 2021, a startup agora busca novas oportunidades de divulgação. O foco da empresa é captar R$ 20 milhões no formato de media for equity, visando aumentar sua visibilidade e alcance junto ao público-alvo.
O investimento em publicidade é fundamental para a Shopper consolidar sua marca e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Com a busca por mais mídia, a startup planeja expandir suas operações e conquistar novos clientes. A estratégia de captar recursos no formato de media for equity demonstra o comprometimento da empresa em investir em marketing para impulsionar seu crescimento no segmento de entrega de itens de supermercado.
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A 4Equity e a intermediação em captação de mídia
O negócio está sendo feito em conjunto com a 4Equity, gestora especializada neste tipo de transação e que faz a intermediação entre startups e empresas de mídia. Ao todo, a 4Equity já movimentou mais de R$ 100 milhões em acordos costurados com startups como Daki, QuintoAndar, Justos, entre outras.
Essa captação diz menos sobre o valor e mais sobre o know-how que a 4Equity vai agregar na nossa operação, conforme relatou Fábio Rodas, cofundador e CEO da Shopper, em entrevista exclusiva ao NeoFeed.
O investimento em mídia deve ajudar a Shopper a alavancar sua operação nos próximos anos. Fundada em 2015 por Rodas e Bruna Vaz, a companhia tem mais de 1 milhão de clientes cadastrados e opera exclusivamente no estado de São Paulo, em mais de 120 cidades e com 12 mil itens à disposição.
A expectativa é aumentar a base de cadastros entre 25% e 30% neste ano e fazer com que os atuais clientes passem a consumir mais dentro da plataforma. Rodas estima que a receita do grupo deve aumentar em torno de 50% em 2024, mas não revela quanto faturou no ano passado. A expansão da operação envolve a abertura de um terceiro centro de distribuição no ano que vem.
A expectativa é de que a nova instalação também fique em São Paulo. ‘Ainda estamos discutindo a ida para outros estados, porque isso aumenta a complexidade do negócio’, afirma Rodas. A Shopper não revela dados financeiros de sua operação. Rodas afirma que ‘as entregas já se pagam desde 2019’, mas não deu previsão de quando a startup irá atingir o breakeven.
O marketing e a estratégia de mídia programática da Shopper
‘O nosso investimento em mídia é maior do que esse aporte em si, mas a 4Equity vai auxiliar o marketing como um todo.’ Neste tipo de operação, os sócios da empresa investida cedem uma participação minoritária do negócio em troca de exposição midiática da marca.
‘No começo havia uma demanda mais reprimida para este tipo de investimento, mas o mercado está mais maduro’, afirma Renato Mendes, cofundador da 4Equity. O plano de marketing está sendo construído a quatro mãos. Mendes afirma que o projeto envolve a divulgação da marca em ‘um amplo leque de canais’, que inclui mídia programática, televisão, influenciadores e publicidade ‘out of home’.
Por isso, o varejo físico é o principal competidor’, afirma. ‘Nós já fizemos algumas pesquisas com clientes e ex-clientes e percebemos que há uma preferência pelas compras nas lojas físicas, de grandes redes.’ O desafio é mudar a cultura do consumidor em relação às compras, principalmente de perecíveis como frutas e verduras.
Para garantir que os produtos cheguem em bom estado, a startup informa que só ‘compra os produtos depois que faz a venda’. Com o negócio da Shopper, a 4Equity agora tem 12 empresas em seu portfólio.
A expansão e novas estratégias de divulgação da Shopper
Uma nova captação está sendo estudada, mas a previsão é de que esse plano só ganhe tração em meados de 2025. Em sua última rodada, em dezembro de 2021, a Shopper levantou R$ 170 milhões em um investimento liderado pelo GIC, fundo soberano de Cingapura.
Outros investidores do negócio são gestoras e empresas como FJ Labs, Minerva Foods, Quartz, do empresário José Galló, e Ariel Lambrecht, um dos fundadores da 99.
Em relação à competição, a Shopper briga de frente contra aplicativos como Daki e Justos, que operam com a entrega de compras de supermercado; e plataformas como Uber, iFood, Magazine Luiza e Rappi, que também incorporaram este segmento em seus negócios.
Por isso, o varejo físico é o principal competidor’, afirma. ‘Nós já fizemos algumas pesquisas com clientes e ex-clientes e percebemos que há uma preferência pelas compras nas lojas físicas, de grandes redes.’ O desafio é mudar a cultura do consumidor em relação às compras, principalmente de perecíveis como frutas e verduras.
Fonte: @ NEO FEED
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