Investigação da PF em empresa de SC por supostos crimes de pirâmide financeira envolve gestora ‘cripto’ e Operação Ouranós.
Os desdobramentos da apuração da Polícia Federal em relação a possíveis delitos cometidos pela Sbaraini Administradora de Capitais resultaram no enquadramento de dois sócios da Titanium na mira da polícia. A Titanium Asset, empresa centrada em inovação tecnológica e ativos digitais, viu seus recursos serem congelados para a devolução aos investidores.
Além disso, os membros da Titanium estão sendo investigados para esclarecer seu envolvimento nos eventos em questão. A atenção se volta para os possíveis desdobramentos legais que envolvem os administradores da Titanium, buscando uma resolução justa e equitativa para todos os envolvidos.
Situação dos sócios da Titanium na investigação da PF
É importante ressaltar que os gestores da Titanium, Claudio Miguel Miksza Filho e Guilherme Bernert Miksza, estão sendo apontados como suspeitos de envolvimento em possíveis crimes de lavagem de dinheiro. A situação se complicou ainda mais com a venda da MK BR, instituição ligada aos membros da Titanium, para o empresário Eduardo Sbaraini em 2021. Sbaraini utilizou a MK BR para captar investimentos e gerir capital, com a promessa de rentabilidade para os investidores por meio de arbitragem de criptomoedas.
A investigação da Polícia Federal, que ficou conhecida como Operação Ouranós, revelou indícios de um esquema de captação financeira duvidosa, com suspeitas de funcionamento semelhante a uma pirâmide financeira. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão e medidas cautelares contra pessoas físicas e empresas ligadas a Sbaraini, incluindo os administradores da Titanium.
Apesar de ter sido afastada inicialmente da gestão dos fundos, a Titanium posteriormente retomou suas atividades. Os fundos continuam fechados para resgate desde novembro, mesmo após a restituição da gestão para a Titanium em fevereiro. A PF investiga a movimentação de cerca de R$ 1 bilhão, suspeitando de uma estrutura de lavagem de dinheiro envolvendo diversas empresas.
A suspeita principal recai sobre a legalidade das operações da Titanium após receberem valores da venda da MK BR, que teriam sido utilizados como investimento inicial nos fundos da empresa. Há indícios de ocultação de valores oriundos de atividades ilícitas, ligando a Titanium aos supostos crimes cometidos pela MK BR.
A advogada Paula Lima Hyppolito destaca a gravidade da situação, alertando que a Titanium pode enfrentar acusações de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas. A conexão financeira entre Titanium e Sbaraini está sob escrutínio, indicando possível trânsito de recursos de origem duvidosa entre as empresas.
A decisão da PF de bloquear as contas da Sbaraini se deve, em parte, à suspeita de operação de investimento coletivo sem a devida autorização da CVM. A Titanium está no centro das investigações pela possível utilização de valores ilícitos em suas operações, o que poderia configurar práticas irregulares perante a lei. O desenrolar desses acontecimentos certamente trará mais desdobramentos para os sócios da Titanium.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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