Contrato: motivo de disputa entre J.P. Prates (ex-Petrobras presidente) e ministros Silveira (Minas e Energia) e R. Costa (Casa Civil), sobre gestão da Petrobras, companhia interna, ritos da Petrobras, primeira fase, solução definitiva, negociações com principais credores.
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, rejeitou nesta quarta-feira (15) a solicitação da Petrobras para uma resolução amigável entre a estatal e a empresa Unigel. Ambas firmaram um contrato Unigel no final de dezembro do ano passado para o fornecimento de fertilizantes. O contrato Unigel é apontado nos bastidores como um dos motivos de desacordo entre o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
Prates era contra o contrato Unigel, enquanto seus aliados afirmavam que os ministros estavam a favor. O TCU identificou indícios de falhas no contrato Unigel que podem resultar em prejuízos de R$ 487 milhões aos cofres públicos. A corte de contas está investigando o caso com base em uma representação feita pelo setor de auditoria do TCU, que destaca que a contratação ignorou a precária situação econômica do Grupo Unigel, ‘que possui a pior classificação de risco de crédito possível em duas das principais agências internacionais’.
Contrato Unigel: Petrobras e Unigel firmam acordo provisório
Durante a convenção realizada, a gestão da Petrobras anunciou a assinatura de um contrato com a Unigel para o processamento do gás como matéria-prima. Este acordo, que segue os ritos internos da companhia, tem como objetivo a continuidade das operações das plantas localizadas em Sergipe e Bahia por oito meses.
A primeira fase deste contrato, que envolve a entrega e comercialização de fertilizantes, é considerada uma solução temporária enquanto as empresas buscam uma solução definitiva e rentável para o mercado brasileiro. A Petrobras enfatizou que o contrato de serviço não representa um empreendimento autônomo, mas sim uma medida provisória para garantir o suprimento dos produtos.
Enquanto isso, o Ministério de Minas e Energia esclareceu que o fornecimento de gás natural para a Unigel é uma decisão de gestão da Petrobras, sem interferência externa. A Unigel Participações S.A. reforçou que as negociações com os principais credores estão avançando positivamente, descartando qualquer possibilidade de recuperação judicial.
‘Acreditamos que o acordo é a melhor solução para todas as partes envolvidas e esperamos concluir as negociações em breve’, afirmou a empresa em comunicado oficial. A parceria entre Petrobras e Unigel segue em busca de uma solução definitiva para o mercado, mantendo o foco na viabilidade e rentabilidade do projeto.
Fonte: © CNN Brasil
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