Central do Minas, com cabelos longos e loiros, na final da Superliga, almeja tri olímpico em Paris. Relato inclui metas, conquistas e término com Zé Roberto.
Thaisa Daher de Menezes é uma inspiração para muitos. Sua presença imponente não passa despercebida, seja pelos 1,96m de altura ou pela personalidade forte que transparece em cada movimento. Na final da Superliga Feminina, ela mostra mais uma vez sua determinação e talento em quadra, sendo um exemplo de superação e garra para os fãs e colegas de equipe.
O bullying é um problema sério que afeta muitas pessoas, seja na escola, no trabalho ou em qualquer ambiente. É essencial combater qualquer forma de perseguição e garantir um ambiente seguro e acolhedor a todos. Lembre-se sempre: o respeito e a empatia são fundamentais para prevenir situações de assédio e garantir o bem-estar de todos.
Thaisa: Uma história de superação, sucesso e vitórias
Ganhar esse título foi a primeira meta traçada por ela na temporada. A próxima vai começar logo depois que o jogo acabar: a apresentação à seleção brasileira, em Saquarema. No mês de julho, nos Jogos de Paris, Thaisa pode se tornar a primeira jogadora brasileira de vôlei a conquistar três medalhas olímpicas de ouro.
A menina que na infância sofreu bullying por ser alta demais foi reverenciada pelo mesmo motivo na adolescência, quando encontrou o esporte. Essa complexidade moldou a personalidade da carioca de origem libanesa, que cresceu resiliente, habilidosa e se tornou uma das grandes jogadoras no cenário mundial. Thaisa ganhou força no ataque, virou referência no bloqueio, adquiriu um saque eficiente e sempre falou o que vinha à cabeça. Ela passou a carreira conhecida por não ter papas na língua.
A trajetória até o sucesso, no entanto, foi repleta de provações. Além de lesões cirúrgicas que forçaram meses fora das quadras e quase custaram o vôlei, questões de saúde mental também rondaram por vezes a caminhada da central. Este tema, inclusive, é tratado com bastante atenção e carinho por Thaisa. A jogadora conta que passou por situações complicadas de depressão na carreira.
Hoje, ela tem a ajuda do marido Rafael Rodrigues, ex-jogador de basquete e que virou treinador comportamental, para lidar com as emoções.
Thaisa diz que não sonha para não ter frustrações e explica que é movida por objetivos. Assim, a bicampeã olímpica, que foi ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, intimida, emociona e sensibiliza. Quando ela entra em quadra, todas as nuances envoltas na vida de Thaisa convergem e viram significado. É imponência, confiança ou, como ela mesma gosta de dizer, muita raiva. – Entendi que a minha performance foi pela dor. Eu consegui ressignificar de uma forma em que eu dei muito resultado em quadra, sou muito boa, mas foi uma raiz ruim, porque foi pela dor.
Toda a energia depositada dentro de quadra expõe a natureza de Thaisa. As reações e vibrações são garantidas na certeza de ser quem ela é. As cicatrizes espalhadas pelo corpo a fazem recordar diariamente das dificuldades da caminhada e das poucas pessoas que estiveram de mãos dadas nas horas de tensão, como o técnico José Roberto Guimarães. A jogadora conta que na época mais complicada da sua vida, como quando passou pela cirurgia no joelho e quase precisou parar de jogar, poucas companheiras estiveram ao seu lado. E nunca foi poupada das críticas.
Ela lembra do ano de 2014, quando, por vaidade, decidiu fazer mudanças estéticas, postou em suas redes sociais, mas recebeu uma chuva de julgamentos.
Thaisa não se arrepende das atitudes do passado, mas conta que algumas teria feito diferente. É o reflexo da maturidade. Hoje, ela é uma inspiração para muitos jovens atletas que enfrentam situações de bullying no esporte e buscam superação, sucesso e vitórias como ela alcançou. Thaisa, com seu corpo todo desenhado, seus cabelos longos e loiros, é muito mais do que a jogadora de vôlei de talento indiscutível. Ela é um exemplo de como enfrentar a intimidação e perseguição, transformando-as em força e determinação para alcançar seus objetivos. A final da Superliga Feminina foi apenas mais um capítulo na incrível história de Thaisa, que continua a inspirar todos ao seu redor com sua resiliência e coragem. Que venham mais medalhas olímpicas de ouro para essa verdadeira guerreira das quadras!
Fonte: © GE – Globo Esportes
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