Murray Dowey, 16 anos, suicidou-se após ‘sextorsão’ no Instagram. Caso está em análise pelas autoridades competentes em segurança pública.
O incidente envolvendo um jovem escocês que tirou a própria vida após ser alvo de uma gangue praticando ‘sextorsão’ – chantagem que envolve a ameaça de divulgar imagens íntimas – no Instagram está gerando um embate entre a Meta, proprietária da plataforma, e a família da vítima. A família acusa a empresa de dificultar as investigações. Murray Dowey, de Dunblane, tinha 16 anos quando faleceu em dezembro do ano passado. A Meta tem sido pressionada a tomar medidas mais eficazes para lidar com situações semelhantes, visando a proteção dos usuários.
A repercussão desse trágico evento ressalta a importância de um ambiente virtual seguro e responsável. A Meta precisa se comprometer com a segurança de sua rede social, implementando medidas mais rigorosas para prevenir casos de exploração e abuso. A proteção dos usuários deve ser a prioridade máxima, e a transparência nas ações da empresa é fundamental para garantir a confiança da comunidade online. A Meta deve agir de forma proativa para combater práticas prejudiciais e garantir um ambiente digital saudável para todos os seus usuários.
Meta: Empresa se pronuncia sobre compartilhamento de dados
A mãe de Dowey, Ros Dowey, conversou com a BBC News na última quarta-feira (5/6) e expressou sua frustração com a Meta por não ter fornecido as informações solicitadas pela Polícia da Escócia, apesar de uma ordem judicial ter sido emitida. A Meta, que é proprietária do Facebook e do WhatsApp, emitiu um comunicado no dia seguinte (6/6) afirmando ter entregue os dados relacionados a Dowey às autoridades.
A empresa enfatizou que colaborou plenamente com as autoridades e respondeu a todas as solicitações de dados. Anteriormente, a Meta havia manifestado solidariedade à família e afirmado estar cooperando com as autoridades competentes. A Polícia da Escócia confirmou que recebeu os dados solicitados.
Ros Dowey expressou alívio com a notícia, mas criticou a demora da Meta em liberar as informações, ressaltando a importância de uma cooperação mais eficaz com os órgãos jurídicos e de segurança pública para evitar colocar em risco a segurança de jovens.
A situação ganhou destaque após o trágico suicídio de Murray, induzido por criminosos a enviar fotos íntimas enquanto se passavam por outra pessoa nas redes sociais. Dowey revelou que o Departamento de Justiça dos EUA havia emitido uma ordem judicial em 1º de maio de 2024, criticando a Meta por não agir de forma adequada para proteger os usuários de suas plataformas.
Ela acusou a empresa de dificultar as investigações e de não cooperar com as autoridades internacionais quando necessário. O apelo direto a Nick Clegg, presidente da Meta para assuntos globais, ressaltou a urgência de resolver a situação e garantir a segurança dos usuários.
A Meta, por sua vez, expressou solidariedade à família Dowey e afirmou estar em contato com as autoridades competentes, cooperando plenamente com a investigação. Por questões legais, a empresa não pôde fornecer mais detalhes sobre o caso.
A prática de sextorsão, que envolve chantagem após o envio de imagens íntimas, tem preocupado as autoridades, com criminosos vendendo guias nas redes sociais sobre como cometer esse tipo de crime. A conscientização sobre os riscos associados a esse comportamento é fundamental para proteger os usuários online.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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