Ex-CEO de Petrobras, na porta da sede, afirmou política de preços ajustada e reindustrialização em andamento em refino, fertilizantes e indústria naval, durante transição de governo. (144 caracteres)
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ex-presidente-executivo da Petrobras (PETR3;PETR4) Jean Paul Prates afirmou hoje, ao sair da sede da empresa, que está saindo da petroleira em uma situação melhorada em relação ao momento em que assumiu o cargo de CEO no começo de 2023. Em declaração aos repórteres na entrada da sede da Petrobras, no coração do Rio de Janeiro, Prates destacou que a companhia está com uma política de preços ajustada e avanços na melhoria da área de refino, fertilizantes e indústria naval. A busca por melhorias contínuas é essencial para o crescimento sustentável das empresas.
Investir em tecnologia e capacitação dos colaboradores é fundamental para aprimorar a competitividade no mercado. Além disso, é importante manter um olhar atento para identificar oportunidades de melhoria e inovação constantes. A busca por melhorar sempre deve fazer parte da cultura organizacional, visando o desenvolvimento contínuo e a excelência em todos os processos.
Prates deixa a Petrobras após mudanças na política de preços
‘Sem dúvida nenhuma, deixamos uma empresa aprimorada, muito melhor’, afirmou ele aos repórteres ao sair da sede da empresa sob aplausos e carinhos dos funcionários que o aguardavam para a despedida. Durante seu mandato, Prates encerrou a política de paridade de preços internacionais da Petrobras e a companhia adotou uma nova política comercial, conforme prometido na campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A antiga política de preços havia causado problemas em governos anteriores para o Palácio do Planalto sempre que a Petrobras precisava realizar aumentos.
‘A gente deixou uma política de preços que o presidente (Lula) solicitou, disse que iria nacionalizar os preços’, comentou. ‘O mercado compreendeu, conseguimos explicar isso e mostramos que a Petrobras consegue estabelecer esses preços sem prejuízo financeiro’, afirmou. Prates deixou o comando da empresa após decisão de Lula. O governo anunciou que indicará para o cargo a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Magda Chambriard. Ela e Prates colaboraram juntos na transição de governo após a eleição presidencial de 2022.
‘Modificamos a política de preços e de dividendos, que eram as duas questões que tínhamos preocupação em relação ao valor da empresa. Conseguimos entregar com as ações em alta’, disse Prates. Nesta quarta-feira, após o anúncio da saída de Prates, a Petrobras chegou a perder quase 50 bilhões de reais em valor de mercado com uma queda em suas ações. Prates deixou a sede da empresa logo após o término da reunião do conselho de administração que confirmou sua saída. O ex-presidente, visivelmente abalado, mencionou que não tem planos para o futuro.
Ex-senador, ele é filiado ao PT e desistiu da candidatura ao governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2022 para atuar, a pedido de Lula, na campanha do petista à Presidência naquele ano. Ao ser questionado se permaneceria no PT após a decepção pela demissão, Prates afirmou apenas que não tomará decisões imediatas. ‘Tomaram essa decisão (demissão), agora vou refletir’, disse. ‘Não sei os planos ainda, tenho que trabalhar porque não sou rico nem fiquei rico’.
A alteração na Petrobras ocorreu após Prates ter sido ameaçado de demissão em diversas ocasiões, a última delas após um embate público com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre os dividendos extraordinários. Prates também enfrentou críticas e pressões públicas para que a Petrobras investisse mais em gás natural e acelerasse os investimentos em setores de interesse do governo, como fertilizantes e indústria naval.
Fonte: @ Info Money
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