Número de civis mortos e feridos no último mês, segundo a secretária-geral adjunta da ONU, em condições terríveis de infraestrutura energética.
A Ucrânia está no centro das atenções internacionais, com a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgando que pelo menos 174 civis foram mortos e 690 ficaram feridos no mês de maio. Este é o maior número mensal desde junho de 2023, evidenciando a gravidade da situação no país.
Em meio a esse cenário alarmante, a comunidade internacional precisa unir esforços para garantir a proteção dos civis na Ucrânia. A ONU tem um papel crucial nesse processo, buscando soluções para conter a violência e promover a paz no país. É fundamental que medidas eficazes sejam tomadas para evitar mais tragédias como essa no futuro.
Impacto Humanitário na Ucrânia
Os dados revelados pela secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, durante uma reunião do Conselho de Segurança dedicada à situação humanitária na Ucrânia, destacam a gravidade da crise atual. Msuya enfatizou que mais da metade das vítimas civis no último mês estão ligadas aos confrontos em Kharkiv, onde a Rússia iniciou uma ofensiva terrestre em várias aldeias. O número de deslocados na região já ultrapassa 18,1 mil pessoas, conforme estimativas da Organização Internacional para as Migrações.
Msuya ressaltou as condições terríveis enfrentadas pelos civis que permanecem nas áreas fronteiriças e na linha de frente em Kharkiv, com a falta de acesso a alimentos, cuidados médicos, eletricidade e gás. Especial atenção foi dada aos idosos, que são os mais afetados pela situação, muitas vezes incapazes de deixar suas residências. No norte de Kharkiv, onde os combates são mais intensos, mais da metade das vítimas fatais ou feridas tinham mais de 60 anos.
A infraestrutura energética da Ucrânia tem sido alvo de ataques sistemáticos desde o início da guerra em fevereiro de 2022, conforme destacado pela secretária-geral adjunta. Desde março deste ano, foram identificados seis ataques desse tipo em 15 regiões, impactando diversos serviços essenciais e comprometendo o fornecimento de eletricidade, gás e água a milhões de famílias. A capacidade de produção do sistema energético ucraniano está agora abaixo de 60% em comparação com o período pré-guerra, com graves consequências para a situação humanitária no país.
A situação das crianças na Ucrânia também foi abordada, com a ONU alertando para os danos físicos, psicológicos e emocionais enfrentados por jovens residentes na linha de frente dos combates. Mais de 600 crianças ucranianas perderam a vida e 1.425 ficaram feridas desde o início do conflito armado. A interrupção da educação dessas crianças representa um desafio adicional para o seu futuro. Além disso, meninas e outros grupos vulneráveis estão mais expostos à violência de gênero, doméstica e ao tráfico para exploração sexual, agravando ainda mais a crise humanitária na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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