Universidades e institutos federais pedem R$ 124 mi para reconstruir estruturas após enchentes, com apoio da Associação e crédito extraordinário.
À medida que o Rio Grande do Sul mapeia ações voltadas à reconstrução do estado, ensino superior e institutos federais fazem contas para recuperar a infraestrutura afetada pelas enchentes. Levando em conta o melhor cenário – segundo expectativa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) -, o ensino superior gaúcho deve voltar à normalidade daqui a um ano.
Enquanto isso, a comunidade acadêmica se mobiliza para garantir que a qualidade do ensino universitário não seja comprometida. A importância da educação superior para o desenvolvimento do estado é evidente, e a recuperação rápida das instituições de ensino superior é fundamental para o progresso da região. Em meio aos desafios, a resiliência do sistema de ensino superior se destaca, mostrando a força e a união em prol da educação de qualidade.
Desafios no Ensino Superior Após Enchentes no Rio Grande do Sul
No cenário atual, a expectativa da Associação das Instituições de Ensino Superior é que o novo crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão, liberado pelo governo federal, traga um apoio significativo para a reconstrução das instalações educacionais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Essa medida visa melhorar o cenário das instituições de ensino superior, que enfrentam dificuldades após as recentes catástrofes naturais.
Dentre os repasses já realizados, destaca-se o valor de R$ 25,8 milhões destinado ao apoio à alimentação escolar, evidenciando a preocupação com a educação superior no estado. Além disso, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) disponibilizou R$ 46,1 milhões para a limpeza e reforma das escolas atingidas, demonstrando um esforço conjunto para a recuperação do setor educacional.
No entanto, os valores liberados até o momento estão aquém do necessário, conforme apontado pelas instituições de ensino superior. De acordo com levantamento da CNN, as unidades federais calculam precisar de R$ 124,3 milhões para retornar ao patamar anterior às enchentes. Essa demanda reflete a urgência de um suporte financeiro adequado para a restauração das estruturas afetadas.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é uma das instituições mais impactadas, prevendo um orçamento de R$ 40,1 milhões para reconstrução. Enquanto isso, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) adiantou seu levantamento, estimando um investimento de R$ 12 milhões para recuperação das instalações danificadas.
Os desafios enfrentados pelas universidades incluem o conserto dos telhados, estimado em R$ 2,5 milhões, obras de escoamento no sistema pluvial no valor de R$ 1 milhão, e auxílios aos alunos que residem em moradias estudantis, totalizando outro R$ 1 milhão. O reitor da UFSM ressalta a necessidade de um investimento contínuo do governo federal para evitar um colapso futuro nas instituições de ensino superior.
Diante do cenário de sucateamento das universidades nos últimos anos, é fundamental um olhar mais atento e sistemático por parte das autoridades competentes. O apoio financeiro é essencial para garantir a qualidade do ensino superior e a recuperação das estruturas afetadas pelas enchentes, visando um futuro promissor para a educação no Rio Grande do Sul.
Fonte: © CNN Brasil
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