Executivos e técnicos se reúnem em 14 de maio na Web Summit para debater biocombustíveis e distribuição de combustíveis renováveis.
Em uma iniciativa inovadora, a Vibra, a Suzano e a Petrogal uniram esforços para explorar o mercado de combustível aviação sustentável. Essa parceria promete impulsionar o desenvolvimento e a adoção de práticas mais sustentáveis na indústria da aviação, buscando alternativas que reduzam a emissão de carbono. O investimento conjunto dessas empresas demonstra o compromisso com a busca por soluções mais conscientes e ecológicas.
O foco no desenvolvimento de biocombustível sustentável como o SAF reflete a preocupação crescente com a sustentabilidade ambiental. A crescente demanda por opções mais limpas e renováveis coloca o combustível de aviação sustentável em destaque como uma alternativa viável para reduzir o impacto ambiental da aviação. A parceria entre essas empresas visionárias está pavimentando o caminho para um futuro mais sustentável e ecologicamente consciente.
Desenvolvimento do cluster de biocombustível sustentável na aviação
O chamado ‘cluster’ voltado à SAF ainda está aberto e deve receber pelo menos mais uma empresa de grande porte nas próximas semanas. As atividades vão começar com um primeiro encontro de executivos e técnicos em 14 de maio. Depois, serão realizados encontros periódicos para vencer três etapas antes de eventual investimento firme no setor. Por ora, as empresas vão disponibilizar recursos técnicos e podem vir a fazer aportes em pesquisa. Na primeira etapa da cooperação, o trio de empresas vai discutir estratégias e rever estudos sobre o tema. Em um segundo momento, será hora de viabilizar soluções para SAF, com possível atração de startups. A terceira e última fase é de negócios, quando as empresas vão de fato fazer investimentos em tecnologia e determinada rota de produção do biocombustível.
Empresas se unem para impulsionar biocombustível sustentável na aviação
O diretor de Operações da Vibra Energia, Marcelo Bragança, disse que a companhia olha de forma ‘bem aberta’ para oportunidades em biocombustíveis e que, se fizer sentido, pode participar também da produção de SAF, expandindo para dar um passo atrás na cadeia, já que hoje atua focada na distribuição e comercialização de combustível de aviação. A Vibra já estuda investimentos junto à Inpasa para erguer uma unidade de produção de metanol verde, combustível que pode ser usado por navios. Segundo Bragança, uma decisão final de investimento será tomada ainda em 2024. A Vibra também detém participação na Zeg Biogás.
Avanços e perspectivas no setor de biocombustíveis para aviação
Seria um passo natural, portanto, entrar em negócios relacionados à SAF, combustível de alto valor agregado e com demanda crescente nos próximos anos graças a mandatos crescentes na mistura do querosene de aviação. ‘A palavra chave aqui é cooperação, unir forças com empresas de referência. O Brasil tem um potencial enorme para não ser apenas um exportador de matéria prima para SAF. Temos muita biomassa e um custo de fabricação de combustíveis renováveis muito competitivo’, disse Bragança.
Empresas investem em biocombustíveis para aviação sustentável
Rotas Segundo a engenheira de Desenvolvimento de Projetos da Petrogal Brasil, Heloisa Althoff, a Galp já produz combustível de aviação e já tem como objetivo misturar 5% de SAF, chegando à totalidade renovável em 2050. Ela destacou as três rotas de fabricação de SAF de maior interesse da Petrogal, a partir do etanol, do metanol e do processo químico Fischer-Tropsch, que faz o hidrotratamento de óleos vegetais para gerar diesel verde ou SAF. De sua parte, a diretora de Novos Negócios da Suzano, Alessandra Carazzato, disse que a companhia quer fazer parte da solução e citou como rota possível a produção de biocombustíveis por meio de biomassa, que no caso da companhia seria, sobretudo, resíduo de madeira.
Crescente demanda por biocombustível na aviação e seus desafios
Bragança, da Vibra, lembrou que 15% das emissões globais de gases do efeito estufa resultantes de transporte vêm do modal aéreo e são consideradas de difícil substituição. Por isso, o mundo já trabalha com mandatos ou previsão de mandatos para SAF, caso do Brasil a partir de 2027. Com isso, a demanda pelo biocombustível deve escalar no fim da década.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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